No último domingo, 2 de abril, foi celebrado o Dia Mundial da Conscientização do Autismo. Criada em 2007 pela Organização das Nações Unidas (ONU), a data tem como objetivo ampliar e levar informações à população e diminuir a discriminação contra as pessoas apresentam o Transtorno do Espectro Autista, também conhecido como TEA. Segundo dados do IBGE, com base na população de 200 milhões de habitantes no Brasil, estima-se que cerca de 2 milhões (10%) da população estaria no espectro autista.
Neste mês de conscientização do autismo, a TV Câmara conversou com a psicomotricista, Larissa Silva, que esclareceu dúvidas acerca da condição e motivo pelo qual é chamada de espectro: “O autismo não se trata de uma patologia, não é uma doença. É uma condição em que o indivíduo nasce com um funcionamento cerebral diferente e a nível de substância neurofisiológicas e não anatômicas. Justamente por isso quando nós buscamos características perceptíveis de fisionomia, ou até mesmo exames, não irão identificar alterações porque é uma condição neurofisiológica do cérebro em áreas diferentes e é por isso que chamamos de espectro autista. É um espectro de características que não se enquadram em padrões. Cada indivíduo autista é único”.
A psicomotricista também alerta a importância do diagnóstico precoce (ainda na infância), que proporciona uma maior qualidade de vida na inclusão escolar e no desenvolvimento social: “o espectro é uma condição que afeta principalmente a comunicação e a socialização dessas crianças”.
Abril Azul é uma iniciativa que luta contra o preconceito, para que o mesmo não exista e afete famílias, que por sua vez negam o tratamento ou a condição devido à falta de conscientização para com o tema. “Nós precisamos ter consciência disso, entender e abraçar as famílias que passam por esse processo”, destaca Larissa Silva.
Foto: Banco de imagens – Câmara Foz