Entenda como funciona o algoritmo do Instagram, segundo a própria Meta

A Meta divulgou nesta quinta-feira, 29, como funcionam seus algoritmos, incluindo as redes Facebook e Instagram. O movimento ocorreu como antecipação a uma determinação da União Europeia para que a empresa explicasse como operam suas plataformas. No ano que vem, o bloco passará a ter a Lei de Mercados Digitais, que regula as dinâmicas de empresas de tecnologia e redes sociais.

No texto, Mark Zuckerberg, fundador da empresa, explica como as recomendações surgem para os usuários. No ano de 2021, a empresa também havia detalhado a dinâmica de sugestões do Feed do Instagram. Ela frisou, no entanto, que os sistemas de IA estão em evolução e mudam com muita frequência.
Na carta, porém, a Meta explica que a prioridade do algoritmo são postagens de círculos virtuais, o que representa posts de amigos, conteúdos de páginas que as pessoas mais acompanham e grupos que elas frequentam. Além disso, a IA também mescla informações como histórico de interação com autores de determinados posts. A partir daí, o algoritmo escolhe os conteúdos oferecidos ancorados em uma pontuação. Os posts com maior pontuação são priorizados nos feeds. O sistema também analisa como as pessoas interagem com contas específicas para conseguir recomendar conteúdos de interesse.
Os conteúdos sobre a ‘vida real e sem filtros’ estão ganhando força nas mídias e isso é uma consequência do aumento da ansiedade entre os jovens. “70% das pessoas disseram que o Instagram fez com que eles se sentissem pior em relação à própria imagem. Apenas esse dado mostra o quanto as plataformas têm um poder gigante sobre a percepção da realidade dos indivíduos e o debate ganha novas camadas quando entramos em problemas de ordem psicológica. O social health vem como uma saída para mostrar que o que é apresentado é apenas um recorte de um todo que, como tudo na vida, não é perfeito”, explica Caio.
Segundo o executivo, as redes sociais deixaram de assumir o papel de conexão e passaram a ser plataformas de consumo de informação e conteúdo. “Essa tendência pode ser entendida como uma adaptação das mídias digitais ao comportamento da Geração Z. Por serem nativos digitais, eles desejam consumir informações de uma forma mais rápida e olhar para conteúdos que estão de acordo com a sua realidade. As marcas, como propulsoras das principais pautas presentes na sociedade, devem se adaptar a essa característica e não usar as redes sociais apenas como vitrines de seus produtos e soluções, mas estarem a serviço de algo bem maior”, conta Machado
Para garantir a influência, nada melhor do que apostar no engajamento de pessoas que já estão, de certa forma, consolidadas entre o público potencial que as empresas desejam atingir. “Mais de 80% das pessoas já comprou algo indicado por influenciadores e 63% confiam muito mais quando essas personalidades dizem algo sobre uma marca. As empresas já não podem mais ignorar o poder da economia dos criadores de conteúdo e devem adotar estratégias, de acordo com os objetivos de negócio, que atendam a ações nesse sentido”, complementa o executivo.
Caio explica que essa tendência tem relação direta com a expansão da creator economy e que, cada vez mais, as pessoas vão recorrer às redes sociais para buscar por produtos, reviews e dicas. “87% dos consumidores já fazem compras online e outros 75% usam as plataformas para buscar produtos. O papel que antes era assumido pelas próprias ferramentas de busca, hoje é incorporado pelas mídias. Isso se reflete, inclusive, na mudança das interfaces das plataformas e surgimento de termos e políticas para empresas que realizam vendas diretamente por esses meios”, finaliza

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