Na reunião, presidente da República reforçou o compromisso de ter uma relação próxima com as universidades e direcionar esforços e investimentos para o desenvolvimento da educação brasileira
O reitor da UNILA, professor Gleisson Brito, participou nesta quinta-feira (19), em Brasília, de uma reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dirigentes de instituições federais de ensino superior. Mais de 100 reitores de universidades e institutos federais estiveram presentes no encontro, que foi realizado no Palácio do Planalto. Também participaram os ministros Camilo Santana (Educação), Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação), Rui Costa (Casa Civil) e Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência).
“Todas as falas convergiram na necessidade de valorização da educação no Brasil, desde a educação básica até o ensino superior. “É um momento que revigora a esperança no futuro. Temos muitas expectativas para o que vem por aí, principalmente porque estamos saindo de um período em que as universidades tiveram pouco acesso à cúpula do governo federal”, avaliou o reitor da UNILA.
Após a reunião, Brito entregou ao presidente um convite pessoal para que Lula participe de uma aula magna para abrir o ano letivo de 2023. “Entreguei o convite em mãos e consegui conversar, rapidamente, sobre o número de alunos que a UNILA tem hoje”, comentou. Além disso, foi entregue ao ministro da Educação um relatório que mostra as conquistas que a Universidade alcançou em seus 13 anos e os desafios futuros. “É um documento bem técnico que contém os dados da UNILA em várias frentes de ação, como ensino, pesquisa e extensão, e também as nossas demandas para continuar a expansão nos próximos anos, como a necessidade de mais liberação de vagas docentes e os desafios com infraestrutura”, relatou Brito.
Encontros serão anuais
Durante o encontro com os reitores, o presidente Lula reafirmou o compromisso de retomar os encontros anuais com dirigentes de universidades e institutos federais. “O encontro com reitores hoje é o encontro da civilização”, defendeu.
Em seu discurso na abertura, Lula destacou que, na atual gestão, ocorrerá uma relação mais próxima do Governo Federal com as instituições de ensino superior. O intuito é ter conhecimento da realidade do setor e das reivindicações, para direcionar esforços efetivos e investir no desenvolvimento da educação brasileira. “Não existe, na história da humanidade, nenhum país que conseguiu se desenvolver sem que antes tivesse resolvido o problema da formação de seu povo”, reforçou o presidente.
Por fim, o presidente acentuou seu compromisso com o fortalecimento da autonomia das instituições federais e afirmou que irá respeitar e nomear todos os reitores e as reitoras escolhidas pela comunidade acadêmica. “Quem tem que gostar do reitor são os professores da universidade, são os funcionários da universidade. É a comunidade universitária que tem que saber quem é que pode administrar bem por ele”, completou.
Ampliação da oferta de vagas e reajuste de bolsas
O ministro Camilo Santana demarcou seu compromisso com o investimento na educação brasileira, além de reforçar que a gestão irá trabalhar para retomar a valorização do ensino superior no país e na ampliação de ofertas de vagas. “Porque, no passado (não tão distante), só quem era rico tinha dinheiro para ir para uma escola boa e privada nesse país. Portanto, nós vamos retomar todos esses investimentos. Investimentos no ProUni, investimentos no Fies, investimentos no fortalecimento das universidades para garantir a evolução da educação pública desse país”, destacou.
Outro ponto abordado pelo ministro da Educação foi o reajuste das bolsas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que não ocorre desde 2013. Segundo Camilo, o anúncio dos novos valores deve ser feito ainda neste mês.
Universidades à serviço do Brasil
Além dos reitores convidados nominalmente, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) também esteve representada no evento. “Essa geração de reitores e reitoras não sabe, porque nunca experimentou, o que é uma reunião com um presidente da República. Portanto, em primeiro lugar, é importante reconhecer e agradecer que, logo no primeiro mês desta gestão, nós podemos ser recebidos aqui, neste que é um gesto carregado de simbologia”, destacou o reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e presidente da Andifes, Ricardo Marcelo Fonseca.
“Durante os últimos quatro anos, os reitores e as universidades federais foram maltratadas; foram esganadas orçamentariamente; fomos colocados como alvo. E, pior, fomos alijados do nosso principal papel, que é estar a serviço do país nos projetos de desenvolvimento nacional. O conjunto das universidades federais quer, neste momento, apresentar ao governo a sua firme disposição de estar a serviço do Brasil”, finalizou Ricardo.
Com informações e fotos do Palácio do Planalto
Encontro reuniu mais de 100 reitores, além do presidente da República e ministros