EDUCADORES MUNICIPAIS DE FOZ RETORNAM AO TRABALHO, MAS MANTÊM ESTADO DE GREVE


Decisão foi tomada em Assembleia Geral, hoje (18) em praça pública; servidores da educação manifestam descontentamento com as propostas apresentadas pela prefeitura

Em Assembleia Geral realizada ao meio-dia de hoje (18), na praça Getúlio Vargas, em frente à prefeitura de Foz do Iguaçu, os profissionais da educação da rede pública municipal decidiram retornar ao trabalho. Mesmo assim, eles manterão estado de greve até o dia 1º de novembro.

O prazo tem relação com a próxima reunião agendada com o prefeito Chico Brasileiro. Um dos impasses é o pedido dos servidores da educação para que os três dias em que protestaram por melhores condições de trabalho e respeito a direitos adquiridos possam ser usados para repor as aulas, em vez de gerar faltas.

Apesar da insistência dos dirigentes sindicais pelas reposições e para que haja mais avanços na pauta de negociações, o prefeito foi irredutível. “Eu não negocio sob pressão”, ele afirmou. Para que não haja mais prejuízos à comunidade escolar e aos educadores da rede municipal que se sacrificaram nos protestos dos últimos dias, o posicionamento da categoria foi retornar ao trabalho, pelo menos, por enquanto.

“Nós tínhamos esperança de que a administração municipal avançasse nas propostas pendentes, levando em conta direitos represados, reajustes em aberto e condições de trabalho que estão adoecendo os professores”, comentou a professora Viviane Dotto, presidente do Sindicato dos Professores e Profissionais da Rede Pública Municipal de Foz do Iguaçu (Sinprefi).

Mas, segundo ela, é importante ressaltar que, apesar disso, a comissão de negociação conseguiu garantir vale-alimentação para todos os servidores da prefeitura, inclusive de outras categorias, que ganham até R$ 5.500,00; além de aumento no valor de abono assiduidade aos educadores (benefício para quem não possui falta, licença ou atestado).

Os profissionais da educação trabalharam normalmente hoje (18) pela manhã, o que representou uma trégua durante o movimento de greve geral que começou na última segunda-feira (16). Ontem (17), aproximadamente 10 CMEI´s ficaram fechados por causa da adesão dos profissionais à greve geral e cerca de 50 unidades escolares (escolas e CMEI´s) funcionaram de forma parcial. Levantamento do Sinprefi aponta a participação de mais de 1.500 profissionais em cada dia de protesto.

Além de se manifestarem em frente à prefeitura, os educadores também se reuniram na frente da casa do prefeito (dia 16) e fizeram passeata (dia 17), passando pela Câmara de Vereadores.

Entre as propostas apresentadas, até agora, pela administração municipal, está a implantação de direitos contidos no Plano de Carreira do Magistério, que é uma lei municipal de 2015, mas só ocorrerá depois de uma revisão com previsão de conclusão em março do ano que vem. O pagamento do prêmio do Ideb para professores da Educação Infantil e para profissionais aposentados que estavam trabalhando quando a prova foi aplicada também só tem perspectiva de ser feito em março do ano que vem.

Não há previsão para o pagamento de 5,21% pendentes da data-base do ano passado nem para o pagamento do Piso Nacional aos professores, conforme preconiza o Ministério da Educação. A pauta de negociação inclui, ainda, falta de professores, condições de trabalho inadequadas, pagamento de progressões de carreira conquistadas com formação profissional, falta de concessão de hora-atividade a todos os professores, entre outros itens como os repasses incompletos feitos à FozPrev nos últimos meses.

SERVIÇO
ESTADO DE GREVE DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO
ATÉ DIA 1º DE NOVEMBRO
Profissionais decidiram voltar ao trabalho mantendo estado de greve, enquanto esperam mais garantias de direitos já conquistados. (Assessoria)

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