Graciele é a única secretária brasileira da Superintendência de Operação da usina de Itaipu


Ela apoia os gerentes da área conduzindo processos administrativos diversos, gestão de agenda, emissão e controle de documentos, entre outros serviços

Graciele Adriana de Oliveira sempre gostou de atuar nos bastidores e escolheu como profissão a área de secretariado executivo. Na Itaipu, ela ingressou como auxiliar administrativo e atualmente é a única mulher que desempenha as tarefas e rotinas administrativas de secretaria da Superintendência de Operação da Diretoria Técnica (DT), onde apoia os(as) gerentes da área conduzindo processos administrativos diversos, gestão de agenda, emissão e controle de documentos, além de supervisionar estagiários e menores aprendizes.

Oliveira passou no processo seletivo de Itaipu em 2010 e foi chamada em 2012. Nascida em Toledo, no Oeste do Paraná, está em Foz do Iguaçu desde os 10 anos de idade. Formou-se em Secretariado pela Uniamérica, em 2006, e em Administração, em 2019, pela Unicesumar. Antes de Itaipu, estagiou e trabalhou na Sanepar e também em empresas do ramo de hotelaria e no setor de comércio.

Quando começou a pensar numa carreira, ficou dividida entre Secretariado Executivo e Psicologia. “Mas a faculdade de Secretariado era mais acessível, tanto financeiramente quanto em relação ao tempo de conclusão. O curso de Psicologia era bem mais caro e ainda em tempo integral. Já que eu precisava trabalhar para pagar a faculdade, a escolha de Secretariado executivo foi natural”, relembra.

Outro fator que pesou na escolha foi que ela já havia feito um curso técnico na área e tinha uma boa noção do que seria esperado dela nessa profissão. Tanto na primeira quanto na segunda graduação, a maioria dos colegas dela eram mulheres. Na turma de Secretariado, apenas um homem se formou.

Graciele Adriana de Oliveira conta que o trabalho na secretaria da Superintendência de Operação é bastante sazonal. “Existem períodos mais puxados e outros mais calmos, mas, de um modo geral, sempre aparecem desafios, especialmente porque estou numa área de ‘tempo real’, onde tudo pode mudar a qualquer momento”, conta.

Graciela Oliveira diz que, por trabalhar numa empresa binacional, tudo se torna mais interessante. “Nestes 11 anos aprendi a gerenciar crises e ansiedades, apoiei em organização de eventos, vi gerentes nervosos antes de reuniões difíceis ou quando precisavam dar feedbacks negativos e eu pude estar presente para dar uma força, fazendo pontes entre equipes e gerências.”

A profissional garante que é bastante acolhida no trabalho. “Nunca sofri qualquer tipo de preconceito, muito pelo contrário, os colegas homens sempre foram muito corteses e gentis.”

Em decorrência do diagnóstico de uma doença, recentemente ela virou atleta de corrida, numa história de superação que serve para inspirar homens e mulheres. “Aproveito cada dia que tenho de ‘folga’, porque só consigo correr de manhã, devido à fadiga da esclerose múltipla (EM).” Apesar das dificuldades, hoje, ela comemora: “Estou nos cinco quilômetros”.

Graciele Adriana de Oliveira diz que agora está bem, depois de acertar o tratamento de controle e acompanhamento com uma boa neurologista. A doença está “estável” desde agosto de 2020. Ela não participa de nenhum grupo formal de apoio, mas é ativa nas redes sociais.

“A verdade é que eu não penso muito na EM, exceto nos horários dos medicamentos e quando vou fazer as consultas.” Apesar do problema, a secretária enfrenta a vida numa boa. “No começo não foi fácil. Antes do diagnóstico foi bem difícil, mas depois tudo foi se alinhando e agora consigo viver uma vida praticamente normal”, finaliza.
Fotos: Arquivo Pessoal.

Facebook
Twitter
WhatsApp
Email