Para a semana que vem, a tendência é de tempo estável e redução do nível do rio Paraná
Por medida operacional, a usina de Itaipu deverá manter aberto o vertedouro com escoamento mínimo de água não usada para a geração de energia nos próximos dias. Esse é o prognóstico da Comissão Especial de Cheia (CEC) da Itaipu.
Os técnicos de Itaipu deixam claro que o vertimento não se deve à cheia do Rio Paraná, onde está instalada a usina, mas porque o reservatório está cheio e precisa liberar o excedente.
O vertimento deve ficar oscilando em torno de 700 metros cúbicos de água por segundo (m³/s). Tudo dependerá da quantidade de energia que for demandada para a Itaipu pelo sistema elétrico interligado. Caso aumente a demanda de energia da usina, o vertedouro poderá ser fechado a qualquer momento.
Nesta quinta-feira, às 14 horas, a afluência (água que chega ao reservatório para produzir energia) estava na casa dos 12.776 m³/s e a defluência era de 12.410 m³/s, uma diferença de apenas 366 m³/s. A produção de Itaipu estava nesse horário em torno de 12 mil megawatts médios.
Assistência
A Itaipu mantém uma força-tarefa, formada pela (CEC), para prestar assistência e repassar todas as informações sobre a situação atual do nível dos Rios Iguaçu e Paraná, especialmente na região da Ponte da Amizade, a área mais afetada pelas inundações das chuvas das semanas anteriores e pela mais recentes, que são pontuais e localizadas.
Atualmente, 72 famílias estão abrigadas em cinco albergues mantidos pela Itaipu no lado paraguaio da fronteira. Essas famílias são orientadas a não retornar para casa até que o nível do rio baixe naquele ponto.
A Itaipu
Com 20 unidades geradoras e 14 mil MW de potência instalada, a Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, 2,9 bilhões de MWh. Em 2022, foi responsável por 8,6% do suprimento de eletricidade do Brasil e 86,3% do Paraguai. A empresa tem como missão “Gerar energia elétrica de qualidade com responsabilidade social e ambiental, contribuindo com o desenvolvimento sustentável no Brasil e no Paraguai.”
Foto: Rafa Kondlatsch/Itaipu Binacional