Nível do Rio Paraná, nesta sexta-feira (17), na altura da Ponte da Amizade, indicava “primeiras inundações” no bairro São Rafael.
A Itaipu Binacional iniciou na manhã desta sexta-feira (17) o plano de atendimento às famílias ribeirinhas do bairro San Rafael, em Ciudad del Este, no Paraguai. Cerca de 75 casas da localidade podem ser afetadas pelas cheias do Rio Paraná, a jusante (abaixo) da usina, provocadas pelas chuvas constantes.
O objetivo é prestar o suporte necessário às famílias e garantir a transferência dessas pessoas para abrigos seguros. O trabalho é coordenado pela Assessoria de Responsabilidade Social da margem direita (paraguaia).
O trabalho começou com o levantamento do número de casas afetadas nesta fase inicial da inundação e das necessidades específicas das famílias. Essas informações são importantes para que a empresa retire os afetados e leve-os para abrigos com seus pertences.
Segundo Gerardo Soria, assessor de Responsabilidade Social da margem direita, o recenseamento das famílias afetadas permite que sejam identificadas necessidades urgentes, como o fornecimento de veículos e pessoal, materiais para uso nos abrigos, mantimentos, entre outros.
Ele informou que a Itaipu deve estabelecer canais de comunicação eficazes para manter contato com os atingidos. A ideia é informá-los sobre os níveis de inundação e as ações a serem tomadas, de acordo com os relatórios hidrológicos e meteorológicos fornecidos pelas áreas técnicas da binacional.
Na manhã desta sexta-feira, o Rio Paraná estava com 108,92 metros acima do nível do mar na estação hidrométrica da Ponte da Amizade. O valor atual corresponde ao estado de “primeiras inundações” a jusante da usina, afetando as infraestruturas e instalações do bairro San Rafael.
A tendência é de elevação, segundo dados fornecidos pela Divisão de Estudos Hidrológicos e Energéticos da Itaipu. Entretanto, neste momento, não há risco de as cheias atingirem estruturas na margem brasileira do Rio Paraná, em Foz do Iguaçu.
Na quarta-feira, dia 15 de fevereiro, a Itaipu acionou sua Comissão Especial de Cheias para coordenar os assuntos relacionados à operação da usina diante da situação hidrológica, fornecer dados sobre a situação atual e esperada, bem como planejar o atendimento a ser fornecido aos afetados.
Foto: Ever Portilho