Hospital Municipal reforça capacitações e amplia conscientização sobre doação de órgãos

Nesta quinta-feira (19), a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos capacitou alunos de Enfermagem da Unioeste

A Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do Hospital Municipal Padre Germano Lauck promoveu nesta quinta-feira (19) uma capacitação para alunos do curso de Enfermagem da Unioeste, reforçando a importância da doação de órgãos e combatendo a desinformação sobre o tema.

Além de abordar aspectos técnicos e regulamentações do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), a palestra esclareceu dúvidas dos estudantes, promovendo uma compreensão mais ampla sobre o processo. Para Viviane Aquino, aluna da Unioeste e filha de um doador de órgãos, a capacitação foi transformadora.

“Antes da palestra, eu acreditava que poderia conhecer a pessoa que recebeu o órgão do meu pai. Eu tinha essa ideia na minha mente, mas agora vejo de outra maneira. A capacitação me ajudou a entender melhor o processo e ampliar minha visão sobre o assunto”, contou.

Generosidade que salva vidas

Por trás de cada transplante, há histórias de coragem e altruísmo. A família de Viviane faz parte dessa corrente de solidariedade. Seu pai, que sempre foi doador de sangue, manifestou em vida o desejo de doar seus órgãos.

“Meu pai sempre falou sobre doação desde quando doava sangue. Ele já sabia que era isso que queria após a morte. Sempre nos ensinou que, se em vida você não conseguiu ajudar como gostaria, em morte pode dar vida a alguém. Esse gesto pode ser doloroso para a família, mas ele acreditava que amar além de si próprio traz felicidade, mesmo em outra vida”, afirmou, orgulhosa.

Liderança nacional em transplantes

A capacitação promovida pela CIHDOTT contribui para a excelência do serviço no Paraná, líder nacional em doação e transplantes de órgãos. Apenas em janeiro, o estado realizou 68 transplantes, batendo recordes e registrando os melhores índices dos últimos seis anos. O HMPGL tem papel fundamental nesse processo, sendo uma das referências no sistema de captação de órgãos.

“O trabalho da CIHDOTT é incansável. Nosso compromisso é sensibilizar a sociedade sobre a importância da doação e dar voz às pessoas que aguardam por uma segunda chance de vida”, destacou a enfermeira Marta Neves Pereira, responsável pela CIHDOTT.

A desinformação ainda é um dos principais fatores para a recusa familiar na doação de órgãos. Marta reforça a importância do diálogo aberto sobre o tema. “É essencial que conversemos em família sobre a doação. A informação salva vidas. Quanto mais pessoas tiverem acesso ao conhecimento correto, mais doadores teremos e mais vidas serão transformadas.”

Na última semana, a equipe realizou a primeira captação de órgãos do ano, permitindo transplantes de rins, fígado, coração para válvula e glóbulos oculares, demonstrando a relevância e impacto desse trabalho.

A diretora-presidente do Hospital Municipal, Iélita Santos, fez um reconhecimento ao serviço, e reforçou o fortalecimento da política para garantir que mais vidas sejam transformadas.

“A captação de órgãos é um ato que salva vidas e evidencia a importância de um sistema estruturado e eficiente”, afirmou.

O papel da CIHDOTT

A CIHDOTT do Hospital Municipal desempenha um papel crucial na identificação de potenciais doadores, na abordagem familiar para autorização e na coordenação dos exames necessários para a viabilidade dos órgãos. Em parceria com a Organização de Procura de Órgãos da macrorregião de Cascavel e a Central Estadual de Transplantes do Paraná, a equipe trabalha para garantir que os órgãos doados cheguem rapidamente a pacientes da fila única nacional, priorizando aqueles em estado mais crítico.

A doação de órgãos é um ato de amor e solidariedade, capaz de transformar vidas. Por meio de capacitações e disseminação de informações, a CIHDOTT segue ampliando a conscientização sobre o tema e fortalecendo uma rede de esperança para quem aguarda um transplante.

Dados 2024

Ao todo, entre janeiro a outubro do ano passado, a OPO da Macrorregião Oeste viabilizou o recomeço de 196 vidas através de transplantes. Deste total, foram doados 138 rins, 51 fígados, seis corações e um pulmão.

Link: https://www5.pmfi.pr.gov.br/noticia.php?id=54151

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